Resumo
O presente artigo consiste em uma apreciação crítica agravadora, sobretudo no tocante à escassez de obras literárias inspiradas no mito português de Inês de Castro adaptadas para crianças brasileiras. Realizam-se algumas considerações sobre a possibilidade de (re)contação/adaptação da história do amor trágico de Pedro e Inês pela hibridização e/ou relação entre texto, imagem e projeto gráfico na adaptação Inês (2015), de Roger Mello e Mariana Massarani. Concebe-se o livro ilustrado como possibilidade de expansão e ampliação do mito em ressignificação para o público infantil. Como apoio teórico, recorremos a discussões já nutridas por pesquisadoras relevantes para a área das narrativas gráficas, a saber, a brasileira Ninfa Parreiras (2009) e a francesa Sophie Van der Linden (2011), ambas especializadas em crítica do livro ilustrado.