Resenha
Bagdá, abril de 2003. Mísseis atingiam ruas e mercados. Feridos e mortos. A Biblioteca Nacional e a universidade pilhadas. Durante três dias o Museu de Bagdá foi saqueado diante dos olhos das forças americanas e britânicas. Entre os artefatos roubados, relíquias da civilização mesopotâmica de até 7 mil anos de idade, levadas para ser vendidas no mercado de arte clandestino. Quando Zubair encontra um objeto em meio aos destroços, depara com enigmas que o conectam à antiga Mesopotâmia, onde surgiram a escrita, o cálculo e o conceito de tempo. Por caminhos tortuosos como labirintos, Zubair alcança o tempo dos sumérios, acádios, assírios e babilônios, povos ancestrais que agora têm seu legado comprometido, como os iraquianos de hoje em meio à guerra. Atualíssimo, divertido e original, Zubair e os labirintos é uma obra instigante no conteúdo e na forma, apresentando uma narrativa acerca da guerra num livro-brinquedo do qual o leitor participa quase como um personagem. As ilustrações e a concepção gráfica do livro também são de Roger Mello.