Resenha
"A casa do menino não é uma só. [...] É uma casa onde se põe lenha pra lenha pegar fogo e depois virar carvão. A casa do menino não é dele, não foi ele quem fez. É a casa do fogo." De forma poética e original, a história do menino carvoeiro é narrada por um inusitado narrador: um marimbondo. Ao mesmo tempo que vai relatando a suas próprias experiências, ele observa o cotidiano do menino: o árduo trabalho de fazer os fornos, as conversas com outro menino, a necessidade de escapar dos fiscais. As expressivas ilustrações do autor captam com sensibilidade e força a vida dura e cinzenta desses pequenos trabalhadores.