Resenha
Dois anos após a morte da mulher num acidente no mar, Rodrigo e os filhos, Stela e Miguel, voltam a Paraty, no litoral do Rio de Janeiro. Aparentemente, tudo na casa está como da última vez: cartas de baralho amontoadas na mesa, panelas no escorredor de louça e um frasco de repelente caído no chão. Disposto a seguir em frente, Rodrigo retoma as aulas de mergulho e contrata a bela e misteriosa Bárbara para cuidar das crianças. Stela, inconformada com a morte da mãe, não entende por que voltar ao lugar cuja lembrança remete ao trágico acidente. Miguel, agora com oito anos, pouco se lembra da figura materna, mas carrega no pescoço uma chave que foi encontrada com ela na baía de Paraty.
O que deveria ser apenas uma reconciliação com o passado ganha contornos aventurescos graças a uma sucessão de acontecimentos inexplicáveis. O menino vê pessoas que ninguém mais enxerga. Bárbara faz biscoitos de canela idênticos aos da mãe. Nas ruas da cidade uma velha observa os irmãos de modo enigmático. E a chave passa a emitir uma luz esbranquiçada.
O que os dois jovens heróis irão descobrir é que há muita gente interessada no retorno da família, em especial na chave, que guarda um segredo de duzentos anos. O medo e o mar é um livro de aventura em que os protagonistas devem superar os próprios temores para conseguir desvendar o mistério por trás desses estranhos acontecimentos.