Sinopse
Aninha sempre reúne os dois netos na varanda de casa, onde conta histórias e ensina valores sobre tradição, cultura e ancestralidade. A avó tem no quintal um jardim de flores brancas como pipocas. Isso a faz lembrar das histórias do orixá Omolu. O mito tem várias versões e, por isso, Aninha leva dias para contar algumas delas. Em uma história, Omolu acorda com feridas e bolhas que ardem por todo o corpo. Nanã, sua mãe, prepara um tacho de pipocas para dar-lhe um banho, que faz as chagas desaparecem. Em outra versão, Omolu já tem as feridas e bolhas desde o nascimento. Com isso, Nanã o abandona próximo ao mar e ele é resgatado por Iemanjá, que o acolhe como filho e cura suas chagas. Iemanjá o ensina a ir pelo mundo curando os doentes. Ela o presenteia com pérolas, que ele esconde sob a veste de palhas por não valorizar as aparências, mas sim a beleza interior. Muitos desconfiam que, além da cura, Omolu traz as enfermidades. Só quando o vento de Iansã sopra forte é que é revelado o segredo das joias escondidas sob a palha. Até hoje, a pipoca é um símbolo de Omolu e está sempre presente em rituais africanos. Tanto as doenças quanto a cura para as enfermidades são associadas ao orixá.